Hormônios do Bem-Estar

TODO MUNDO JÁ OUVIU FALAR DO PODER MÁGICO DOS HORMÔNIOS, SUBSTÂNCIAS QUE PODEM NOS LEVAR AO PARAÍSO … OU AO INFERNO . SE HÁ ALGUM DESEQUILÍBRIO HORMONAL. MENTE E CORPO SENTEM OS EFEITOS. A BOA NOTÍCIA É QUE PODEMOS ESTIMULAR, SEM REMÉDIOS A PRODUÇÃO DOS HORMÔNIOS LIGADOS AO BEM-ESTAR.

Nestes tempos tecnológicos, em que a informação voa nas telas dos computadores e da TV, os chamados “hormônios do prazer” vêm ganhando espaço entre o público leigo. Foi assim que a endorfina, a serotonina e a ocitocina passaram a fazer parte do cotidiano de gente comum.

Explica-se: esse trio de hormônios interfere diretamente em aspectos muito importantes da nossa existência e está relacionado ao bem-estar geral, à alegria de viver e, em última, à qualidade de vida.

A psicóloga e sexóloga Ana Canosa acredita que o acompanhamento dos níveis hormonais é essencial á saúde física e psicológica. “Peço aos ginecologistas e urologistas que assistem meus clientes para avaliar a parte hormonal e ministrar ou estimular hormônios para melhorar a qualidade de vida, inclusive a respeito da função sexual”, diz ela.

Cristiane Pertusi, psicóloga especializada em desenvolvimento humano, lembra que a medida que envelhecemos produzimos menos hormônios , o que pode alterar a libido. “ O tratamento hormonal é importante e , na maioria das vezes relativamente simples”, afirma.

O ortopedista, traumatologista e médico do esporte Antônio Ambrósio afirma que a simples pratica de atividades prazerosas aumenta a produção desses hormônios. “Por outro lado, os distúrbios do sono ou diabéticos, o sedentarismo e a inatividade podem atrapalhar sua formação”, pondera.

A endorfina, hormônio produzido pela glândula hipófise, tem potente ação analgésica e relaxante e ajuda no combate ao estresse. “ao ser liberada, estimula a sensação de bem-estar, conforto melhor estado de humor e alegria”, diz o especialista ao explicar que ela controla a reação do corpo ‘ a tensão e que regula algumas funções do sistema nervoso autônomo, como as contrações da parede intestinal.

EXERCÍCIOS – Combatem a depressão

Já a serotonina, possui forte ligação com os transtornos afetivos e de humor. “Se as taxas estiverem baixas, o apetite aumenta. Se estiverem altas, o desempenho sexual é prejudicado” diz o osteopata Leonardo Paternot. Mas a influencia da serotonina é mais ampla: está relacionada à liberação de outros hormônios, além de agir na regulação da temperatura corporal, do sono e da agressividade. ”Para entendermos na fase REM do sono (a mais profunda), a serotonina deve estar inibida”, diz o especialista. A médica  e nutróloga Paula Cabral dá a dica: atividade física regular é uma excelente maneira de estimular a produção de serotonina e endorfina. “ Como essa produção leva tempo para ser ativada, muita gente desiste da academia logo no começo, mas é a rotina que gera o estimulo. Basta um pouco de dedicação para obter resultados”, ensina. E o que é melhor: não é preciso suar todos os dias numa aula de aeróbica. ” uma simples  caminhada já é suficiente para estimular a produção de substâncias cerebrais que trazem disposição e combatem o estresse” , afirma.

Para os que tem pressa , algumas substâncias podem acelerar o processo. “O triptofano, precursor da serotonina  é uma das principais substâncias do cérebro que regula as sensações de fome e bem-estar, são encontrados na banana e no chocolate, por exemplo. Presente no leite, a α- Lactoalbumina também é benéfica”, explica o DR. Antônio Ambrósio. “Alguns estudos observaram aumento das dosagens de endorfina até 72 horas após o exercício. A intensidade e a duração da atividade parecem ser responsáveis pela concentração desse hormônio no sangue”, relata o médico. A conclusão é simples: a prática esportiva é um excelente meio para ajudar a combater a depressão.

ALIMENTOS- São importantes aliados

A ocitocina, conhecida como “ hormônio do amor”, por estar relacionada ao prazer e à segurança, além do desejo sexual e do bem-estar da mente e do corpo, é liberada na corrente sanguínea durante o parto e a amamentação, mas também é produzida quando há estimulação de dos órgãos sexuais. “A produção aumenta durante o orgasmo” , diz Dr. Antônio Ambrósio.

A alimentação é outro meio de estimular os hormônios do bem-estar. No caso da serotonina, a nutróloga Paula Cabral aconselha alimentos ricos em minerais, em especial o magnésio, o cromo e o cálcio, que têm a vantagem de ajudar no controle do peso e no metabolismo dos carboidratos e das gorduras.

“O cromo pode ser encontrado na aveia, amêndoa, avelã, castanha-do-pará, figo seco, marisco, bife de fígado, lula e queijo branco. Couve, castanha de caju, filé de linguado, lula, marisco, peito de frango, tofu, leite de soja, cebola e gérmen de trigo são fontes de magnésio”, ensina. Leite e seus derivados  fornecem o cálcio, assim como salmão, sardinha, feijão, couve e leite de soja. A dieta alimentar deve ser sempre orientada por um médico. O Osteopata Leonardo Paternot lembra que “os hormônios são substâncias que devem estar na concentração  certa. Nem sempre vale aquela dieta de que “quanto mais, melhor”.

Apenas 10% da serotonina são produzidos no cérebro. O restante é fornecido pelo intestino. “O ideal é apostar em alimentos ricos em fibras e minerais. O Ômega 3 (presente nos peixes como salmão e sardinha) ativa os receptores da serotonina e gaba, neurotransmissores que cuidam do humor e do apetite”, diz Paula Cabral.

Além da herança genética, fatores socioculturais também influenciam a produção hormonal. Ambos agem, em última análise, por meio da química cerebral. “O favorecimento da produção de hormônios do prazer deve ser feito por meio de uma melhor qualidade de vida, o que inclui a prática de exercícios físicos, alimentação equilibrada e investimento em relacionamentos afetivos saudáveis. A vida sexual satisfatória e autoestima elevada também contam”, diz a nutróloga.

Quando não for possível manter todos esses fatores em equilíbrio, a médica Paula Cabral diz que a alternativa é o 5HTP, substância que pode ser usada em fórmulas de medicamentos manipulados, sob o acompanhamento médico. “Ele age como precursor da serotonina e rapidamente aumenta a síntese  desse hormônio no sistema nervoso central”, explica.

Os hormônios do prazer estão ao alcance de todos e de maneira bem mais fácil do que se poderia imaginar. Proporcionam alegria, disposição e vontade vê viver: quase como um elixir da juventude física e psicológica.

COMO FAVORECER A PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS

Há muito a ser feito para favorecer a produção dos hormônios do bem-estar em nosso dia a dia. Confira algumas medidas importantes:

-Dormir oito horas por noite. “uma boa noite de sono é capaz de melhorar a irritabilidade. Dormir poucas horas ou passar uma noite em claro estimula a produção de grelina , hormônio que aumenta a fome e os estoques de gordura, além de reproduzir o ritmo do metabolismo”, diz o Dr. Antônio Ambrósio. E tem mais: a leptina, hormônio liberado durante o sono, ajuda a controlar a sensação de saciedade. Enquanto dormimos, ocorrem processos metabólicos. Se alterados, eles podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e longo prazo.

-Consumir três a cinco porções de fruta. Elas combatem a fadiga e o estresse e agem como relaxantes musculares.

-Mel estimula a produção de serotonina. Duas colheres de sobremesa, ao dia, são suficientes, de preferência misturadas na água.

-Ovos são fonte de tiamina e niacina( vitaminas do complexo B) que colaboram com o bom humor. São ricos em vitamina E e vitaminas do complexo B, como B6 , precursora de dopamina. A metionina e a colina, presentes no ovo, ajudam na produção de outros neurotransmissores. Recomendação: no Máximo um por dia.

-Yoga, massagem e atividades que favorecem a concentração e o bem-estar também são benéficas.

REVISTA LES NOUVELLES ESTHÉTIQUES

EDIÇÃO N°:133

ANO:XXIV

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